A África
Oriental é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Seychelles, Moçambique, Somália e Tanzânia,
mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, herdeiros
independentes da antiga Federação da Rodésia e Niassalândia,
representados no mapa com verde-claro riscado de escuro, são igualmente
incluídos nesta definição de sub-região estatística da ONU.
Por
vezes, Sudão e Egito (a verde claro no mapa) são também
considerados parte da África Oriental. Além disso, Madagáscar e Moçambique,
países da África Austral,
são também considerados parte da África Oriental.
História da África
Oriental
A divisão da África em regiões não se baseia apenas
em critérios geográficos, mas também históricos e políticos. É necessário
conhecer a história da África para compreender esta região, a
África Oriental, tão diversificada e rica em culturas, povos, paisagens
naturais e línguas.
Do ponto de vista histórico-geográfico, todos os
actuais países africanos que são banhados pelo Oceano Índico – desde a Somália à África do Sul – partilham uma longa história de
contactos entre si e povos de outros continentes, principalmente da Ásia, com os quais tiveram relações desde os
primeiros tempos da história.
No entanto, essa história de contactos não se
limita aos povos que viviam nas regiões costeiras de África, uma vez que era no
interior do continente que se encontrava a maior parte dos recursos que faziam parte dum alargado
comércio: primeiro, o ouro, depois o marfime,
finalmente, os escravos. Por isso, a
“região” incluiu sempre, não só os países costeiros, mas também países como a
fértil Etiópia, o rico Zimbabué e o imenso Congo.
Com a colonização europeia
da África, a África Oriental passou a ser administrada
fundamentalmente pelo governo britânico. Mas com bolsas de dominação para os
países que participaram na Conferência de
Berlim 1885 – Portugal reteve Moçambique, a Alemanha o Tanganica, e a Bélgica o Congo Belga (hoje República
Democrática do Congo), o Ruanda e o Burundi, depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra
Mundial.
No entanto, mesmo o poderoso Império Britânico precisava de subdividir o seu
domínio para melhor o administrar. Uma dessas subdivisões foi a “East Africa
High Commission”, que integrava as colónias do Quénia e Uganda;
mais tarde, com a derrota da Alemanha na Primeira Grande
Guerra, o Tanganica foi também incorporado. Esta subdivisão
histórica deu origem à Comunidade da África
Oriental, que teve uma história complexa, depois das independências, mas foi recentemente
reabilitada pelos três países como uma organização de integração sub-regional.
Para os Estados Unidos da
América, e principalmente para os afro-americanos, a África Oriental é percebida
como o conjunto dos países e povos que falam kiSwahili, novamente incluindo não apenas os
três países da Comunidade da África Oriental mas também o Ruanda, o Burundi, o
leste do Congo e o norte do Malawi e de Moçambique).
Mapa da Africa Oriental :
Poor: Rafaela Fernanda
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